Design Thinking na Prática: Como Inovar Processos com Empatia

Gestão e inovação

Comandante Bruno La Marca

10/1/20253 min read


Descubra como aplicar o Design Thinking para resolver problemas reais. Caso prático: concurso para soldado fuzileiro naval inovou seu processo com empatia e tecnologia.

O que é Design Thinking e por que ele importa

O Design Thinking é uma metodologia de inovação centrada no ser humano. Seu diferencial está em colocar as pessoas no centro da solução de problemas, explorando empatia, criatividade e validação prática.

Para compreender melhor esse processo, vamos analisar um caso concreto aplicado ao concurso para ingresso como soldado fuzileiro naval.

Mapa de Empatia: primeiro passo do Design Thinking

A primeira etapa do Design Thinking é a empatia, e nela utilizamos ferramentas como o Mapa de Empatia para mergulhar no universo do usuário. O objetivo é ir além dos dados objetivos e entender de forma holística quem é o público: o que sente, pensa, vê, ouve, fala e faz.

No caso do concurso, os candidatos aprovados no exame de escolaridade precisavam se deslocar até as capitais para receber informações sobre os eventos complementares. Esse processo gerava custos elevados e muito desgaste.

O Mapa de Empatia mostrou:

  • O que o candidato vê? Processo complexo, notícias de desistências, burocracia.

  • O que ouve? Boatos e informações não oficiais de colegas.

  • O que pensa e sente? Ansiedade, medo de perder informações, insegurança.

  • O que fala e faz? Reclama dos custos, busca informações em fóruns e redes.

  • Dores (Pain): Gastos altos, desgaste emocional e físico, incertezas.

  • Ganhos (Gain): Economia de tempo e dinheiro, acesso rápido e oficial às informações, menos ansiedade.

Esse mapeamento mostrou que a dor não era apenas financeira, mas também emocional. A experiência precisava ser redesenhada para ser mais acessível, humana e eficiente.

Definição do problema: o segundo passo do Design Thinking

A segunda etapa do Design Thinking é a definição do problema. É o momento de organizar os insights coletados e transformar percepções em um enunciado objetivo.

No caso do concurso, a pergunta-chave foi:
“Como poderíamos reduzir o custo e a dificuldade de acesso às informações dos candidatos sem comprometer a qualidade e a clareza das orientações?”

Esse enunciado serviu como guia para o restante do processo.

Ideação: gerando alternativas criativas

A fase de ideação busca levantar o maior número possível de ideias sem julgamentos prévios. É a hora da criatividade e do brainstorming.

Entre as alternativas levantadas estavam:

  • Criar pontos de apoio em cidades-polo.

  • Enviar material impresso.

  • Disponibilizar todas as informações em uma plataforma digital.

  • Realizar videoconferências com os candidatos.

Essa etapa é marcada pela divergência criativa: muitas ideias antes de afunilar para a melhor solução.

Prototipagem: dar forma à solução

A quarta etapa é a prototipagem, quando ideias se transformam em soluções concretas, ainda que em versões simples.

No concurso, a solução escolhida foi a digitalização do processo: centralizar as informações dos eventos complementares no site oficial, acessível por computadores e celulares.

Foi uma prototipagem de alto impacto e baixo custo, que rapidamente mostrou resultados.

Teste: validando a solução na prática

Por fim, o teste é a etapa que verifica se o protótipo realmente resolve o problema.

No caso, os candidatos passaram a acessar o site para receber as informações. O feedback mostrou:

  • Informações claras e acessíveis.

  • Redução significativa de custos pessoais.

  • Mais segurança e satisfação no processo.

A validação confirmou que a solução digital era eficaz e deveria ser mantida.

Resultados alcançados com o Design Thinking

Com a aplicação do Design Thinking, os resultados foram claros:

  • Inclusão e acessibilidade para todos os candidatos.

  • Eficiência com redução da burocracia.

  • Economia de tempo e recursos.

  • Transparência na comunicação oficial.

Conclusão: inovar é servir melhor

O caso do concurso para soldado fuzileiro naval mostra que o Design Thinking é muito mais do que teoria. É uma ferramenta estratégica de inovação centrada nas pessoas.

Ao seguir suas etapas — Empatia, Definição, Ideação, Prototipagem e Teste — foi possível resolver um problema real de forma eficaz, moderna e humana.

Na Grey Wolf Academy, acreditamos que líderes preparados precisam dominar métodos como o Design Thinking para criar soluções inovadoras em qualquer área: corporativa, militar ou social. Afinal, inovar é servir melhor.